É TEMPO DE ORAR

Nunca em nosso país foi tão necessário à Igreja de Cristo fazer valer seu papel de intercessora.
A Igreja do século XXI vive uma realidade jamais imaginada. A globalização com seus benefícios e malefícios traz à tona uma responsabilidade dada à Igreja, e também vivida por ela, ainda no primeiro século (At 2.42).

A Igreja desde seus primeiros dias, como noiva de Cristo, instituição e organização, conheceu e exerceu uma das indispensáveis funções que deveria exercer em sua caminhada até os dias de hoje…

…Ela sempre esteve ciente que deveria orar, e reconhece os resultados de uma trajetória pautada no “dobrar dos joelhos”, estes relatados nas Escrituras ou apenas refletidos nas mudanças de curso na história, deixaram patentes o valor indiscutível da oração.

Jesus ensinou os discípulos a orar, e aqueles que se tornaram apóstolos, plantadores de Igrejas, desbravadores e mártires entenderam que a oração abriria portas, confortaria corações, prepararia caminhos e a terra fértil para o recebimento da preciosa semente do Evangelho do Reino.

No evangelho de Jesus, segundo Mateus, no Sermão do Monte, Cristo nos deixa um ensinamento extraordinário e, pela nossa realidade, até curioso!

Vivemos dias difíceis onde o egoísmo e a busca incessante pelos próprios interesses a qualquer custo tem se evidenciado em todos os âmbitos. O ser humano tem perdido o limite do “ter”. Não, não há limites! O novo conceito é “ter” e só então “ser”. Diante disso, os que procuram viver piedosamente sofrem perseguições ferrenhas, e Jesus, em meio a tudo e por tudo, nos orienta: “…orem por aqueles que vos perseguem” (5.44).

Outra orientação e não menos importante foi dada pelo apóstolo Paulo ao seu amigo e filho na fé, Timóteo. Paulo apresenta como prioridade a intercessão: “antes de tudo”. E diante do caos social que a humanidade vive, esse imperativo é, no mínimo essencial. “Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ação de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade”. (1 Tm 2.1,2). É o tempo, é agora! A Igreja do Senhor precisa permanecer unida intercedendo pelos governantes, e autoridades, não só locais, mas também internacionais. A pandemia que vem nos assolando, pode e deve servir como alerta para a unidade da Igreja em uma vida plena de intercessão. Não é tempo de acusações e cobranças; não é tempo de questionamentos vãos; não é tempo de posicionamento político exagerado. É tempo de joelhos dobrados, coração quebrantado. É tempo de arrependimento! É tempo da Igreja brasileira, destemida e corajosa, levantar-se em oração, não somente pelo Brasil, mas por toda Igreja espalhada pela Terra e seus governantes.

Nossa missão em sua beleza e nobreza é a de levar as Boas Novas do Evangelho a todos, anunciando com intrepidez que o Salvador quer trocar dos cansados e oprimidos, o “fardo” pesado por um jugo leve, anunciando que há descanso e luz para todos os povos. Mas, também, utilizar esta arma poderosa de transformação chamada oração.
Paulo, ao término de sua orientação a Timóteo quanto a oração, acrescenta: “Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade.” (1 Tm 2.3,4).
Como Igreja, sejamos agradáveis ao nosso Deus em tudo e sempre.

Pr. Humberto Siqueira
2º vice-presidente da CBN (2019/2021)

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