
II. UM PODER QUE ANUNCIA O MUNDO PORVIR
2. Explique por que, a partir da ressurreição final, é possível afirmar que todas as manifestações do poder de Deus podem ser chamadas de primícias?
3. O que isso deve despertar em nós?
4. Que transformação os filhos de Deus e a criação devem esperar? (cf. Ap 7.16-17; 21.4)
A menção à ressurreição final nos faz reparar que todas essas manifestações de poder, ainda que maravilhosas, são parciais e limitadas frente à demonstração plena e final do poder de Deus na consumação dos séculos. Ou seja, já experimentamos o poder redentor de Deus sobre a criação, mas ainda não vemos a plenitude do que esse poder realizará. Por isso, podemos chamar esses milagres e as demais manifestações do cuidado de Deus de primícias. Os primeiros sinais de um mundo que está sendo preparado para os crentes. Como anunciado no início, esse é o foco desta lição.
Tais providências suprem as necessidades temporais dos crentes, mas não eliminam a causa da fome, das guerras, da enfermidade e da morte. A necessidade de pão se repete todo o dia, guerra e rumores de guerras nos ameaçarão por toda a história do mundo, os hospitais e clínicas estão cheios de enfermos e mesmo aqueles que foram ressuscitados pelos profetas e por Jesus tornaram a morrer. Isso porque as causas dessas dores são a maldição do pecado e a condição de miséria a que estamos submetidos desde o pecado de nossos primeiros pais.
Assim somos despertados a olhar mais adiante. A esperar por um tempo em que não apenas as nossas necessidades sejam supridas, mas no qual não haja nenhuma das fontes de tristeza e miséria que hoje nos assolam. Os milagres podem ser feitos aos milhares, mas as boas-novas dizem respeito à salvação e redenção dos homens e esse é o coração do evangelho: “o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19.10).
Ao sermos apresentados ao poder de Deus sobre as coisas e acontecimentos deste mundo, somos instruídos a respeito do poder daquele que pode cumprir a promessa de nos preparar lugar.
Em sua visão no Apocalipse João contempla os cuidados de que desfrutam os crentes que vieram da grande tribulação: “Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima” (Ap 7.16-17).
No mesmo sentido uma voz do céu anuncia acerca da Nova Jerusalém: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21.4).
É essa transformação completa que os filhos de Deus e toda a natureza esperam. Paulo fala da ardente expectação da criação pela revelação dos filhos do Deus, momento em que ela será libertada de seu cativeiro. Nós também, por meio da experiência das primícias das primícias do Espírito, aguardamos a redenção de nosso corpo (Rm 8.18-25).
Os sinais realizados por Elias, Eliseu, Jesus e por outros, bem como as respostas divinas às orações de seus servos ao longo da História nos estimulam a crer e a esperar que o poder de Deus se estabeleça plenamente no seu reino. A presença de Deus, antes experimentada por meio de seus profetas, depois encarnada em Jesus e hoje vivida na habitação do Espírito Santo, será plena e permanente quando estivermos juntos para sempre no novo céu e na nova terra. Hoje somos bem-aventurados quando vivemos as primícias do Espírito, mas aguardamos uma alegria indizível quando experimentarmos na eternidade a plenitude de Deus e de sua redenção.
CONCLUSÃO
5. Hoje eu aprendi que: ____________________________
A realização de milagres foi um dos meios pelos quais Deus marcou a sua presença em momentos específicos da história de seu povo. Eles apontam para a benção e o cuidado que todos os dias o Senhor dispensa aos que nele confiam, mostrando que nenhuma necessidade de seu povo está além do controle de Deus e da provisão de sua graça.
Mais do que isso, desfrutamos do cuidado redentor de Deus por meio da obra de Cristo e da presença do Espírito Santo, bênçãos já reais, mas que trazem consigo a promessa de um novo tempo em que essa redenção se manifestará plenamente e todas as dores deste mundo serão eliminadas. Na consumação do século, Deus transformará toda a criação para que não haja mais fome, doenças, guerras ou morte, e estaremos para sempre com o Senhor.
APLICAÇÃO
Você tem sido uma testemunha do poder de Deus em cuidar de seus filhos? Em que situações esse cuidado se mostrou mais evidente? E sua esperança tem sido fortalecida por esses acontecimentos? Quando passa por tristezas, tem encontrado conforto na promessa da transformação de todas as coisas e da redenção dos filhos de Deus?
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série Expressão – O Evangelho do Antigo Testamento. Usado com permissão.